ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS AGRAVOS POR ANIMAIS E DA CONDUTA PROFILÁTICA ANTIRRÁBICA HUMANA EM BARRA DE SANTA ROSA-PB

Lídio Tiago Alves Pequeno, Vanessa Santos Arruda Barbosa

Resumo


A raiva humana é causada por vírus (Lyssavirus) transmitido por saliva de mamíferos infectados. Provoca um quadro de encefalite aguda, levando à óbito, sem profilaxia pós-exposição adequada. A pesquisa objetivou avaliar o perfil dos agravos e a profilaxia antirrábica pós-exposição entre 2014 e 2019, em Barra de Santa Rosa - PB. Foram analisadas 250 fichas do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN). Calculou-se o teste qui-quadrado, a razão de prevalência (RP) e os intervalos de confiança (IC). Dos 250 acidentes, 53,1% foram no público masculino, 43,2% na faixa etária de 20 a 59 anos e 70% em residentes da zona urbana. O cão foi responsável por 67,6% dos acidentes, seguido dos gatos (25,6%). Registrou-se acidentes com animais silvestres. Prevaleceu a mordedura (70,8%), o ferimento único (70,8%), superficial (52,4%) e o acidente grave (66,4%). Mão/pé foi a região mais prevalente (36%). Dos agravos em cabeça/pescoço, 60,1% foram em crianças (0–10 anos), com ocorrência 5,5 vezes maior nessa faixa (p=0,001; RP=5,582; IC=2,564-12,149). Em 85,2%, foi indicado vacinação+observação e 66% das condutas seguiram o protocolo vigente. Conclui-se que há necessidade de treinamento dos profissionais envolvidos, ações de educação em saúde na população e melhoria no preenchimento das fichas do SINAN.


Palavras-chave


raiva, profilaxia pós-exposição, vacinação

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DOI: http://dx.doi.org/10.20438/ecs.v10i1.520

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